Colunistas
Acima das diferenças
É incrível e notável como o ser humano gosta de dividir, separar e particionar a própria espécie nas mais variáveis e possíveis divisões. No aspecto político, estamos divididos tradicionalmente entre direita, centro e esquerda, no aspecto acadêmico estamos divididos entre exatas e humanas, economicamente estamos divididos em classes sociais, na teologia entre calvinistas e darwinianos, e assim sucessivamente. Essas divisões não são de todas ruins, e algumas se fazem necessárias, o problema reside quando começamos a alterar nossa cosmovisão, para particionar toda nossa existência em compartimentos bem divididos. A par disso, transformamos nossa vida em um nicho de separações infindáveis, e começamos a pautar nossos relacionamentos com base nos critérios de nossas divisões.
Com esse tipo de olhar, nosso coração é tomado de preconceito, nossa alma é recheada de olhares desconfiados, e tendemos a nos relacionarmos somente com pessoas iguais, e rejeitamos as diferenças. Essa é a brecha necessária para o pecado do orgulho e para a discriminação com o diferente. De certa forma, quando agimos assim, é justamente porque no fundo de nosso coração, nos sentimos superiores e melhores do que os diferentes. O preconceito nada mais é do que um grito orgulhoso de quem se acha melhor do que o outro, equivocadamente, pela diferença.
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No entanto, na Palavra de Deus, nosso preconceito é despedaçado. Diante do Evangelho da Cruz de Cristo, em Gálatas 3.28, Paulo nos diz que “Não há judeu nem grego, escravo nem livre, homem nem mulher; pois todos são um em Cristo Jesus” (NVI). O apóstolo, enfrentando os judaizantes, que queriam que os cristãos da região da galácia se circuncidassem e obedecessem a lei de mosaica, nos apresenta um Evangelho que nivela toda a humanidade. Diante da cruz de Cristo, todos os seres humanos estão desprovidos de méritos para alcançar salvação, carecendo única e exclusivamente de Jesus para tal feito. Paulo nos apresenta três barreiras unificadas pelo Evangelho:
A primeira é a barreira étnica (judeu nem grego). Os judeus se achavam superiores aos outros povos, por terem recebido uma revelação superior de Deus, e para isso, eles pregavam que a cultura religiosa deles era superior às outras nações. No entanto, Paulo afirma que diante de Deus, não existe cultura melhor do que a outra, não existe nacionalidade melhor, não existe cidade superior. Em Cristo, todas as nações são aceitas e niveladas em pé de igualdade.
A segunda é a barreira econômica (escravo nem livre). Paulo nos diz que a classe social de alguém não é capaz de determinar absolutamente nada diante de Deus. Tanto escravo quanto livre, o pobre ou o rico, necessitam igualmente de Cristo para a salvação. A diferença econômica é despedaçada diante do Evangelho, de modo que as pessoas estão livres para se relacionar, independente dos numerários dispostos na conta bancária. O Evangelho nos faz olhar para o próximo como irmão e não como uma cifra.
A terceira é a barreira do gênero (homem nem mulher). É assustador como Paulo confronta uma sociedade extremamente machista daquele tempo com verdades aplicadas ainda hoje. Diante do Evangelho, o homem não pode se gloriar por ser homem, de modo a sobrepor-se a mulher e nem vice versa, pois ambos estão debaixo da mesma graça avassaladora para salvação. O gênero diante de Cristo, pouco importa.
É por isso que o Evangelho é revolucionário, pois ao contrário do mundo que oferece muita atenção à condição pessoal de cada indivíduo (etnia, classe socioeconômica, nível de estudo), o Evangelho elimina as discriminações e preconceitos. Em Cristo todos são um. Por fim, quero transcrever uma frase que utilizei em um vídeo devocional que postei em minhas redes sociais: “não construa muros onde o Evangelho te equiparou e construiu pontes”.
Você pode acompanhá-lo pelo Instagram: @idfernandeslucas.
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