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Aluna de Harvard encontrou a Cristo através de um leão, uma bruxa e um guarda-roupa

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Crônicas de Nárnia (Foto: Reprodução/YouTube)

Jordan Manji considerou “O Leão, A Bruxa e O Guarda-Roupa” como uma fantasia divertida. Mas quando ela tentou responder a perguntas difíceis – como de onde vem a moralidade? – a ateia orgulhosa se viu confrontada por Aslam.

“Procurei João 19 e, ao ler a cena da crucificação, disse: ‘Não, Aslam, não'”, ela conta quando era estudante na Universidade de Harvard.

No clássico de Nárnia de C.S. Lewis sobre outro mundo onde os animais falam e se aliam com quatro crianças contra um exército do mal de gigantes e ogros. Aslam é um leão que salva o dia ao se deixar ser sacrificado na mesa de pedra pela bruxa malvada que falha em entender que matar o animal sobrenatural não é o fim da história. Pois Aslam volta à vida e resgata os “narnianos” quando eles estão à beira da derrota certa.

Jordan cresceu em um lar de ateus, onde os membros de sua família atribuíam valor a si mesmos com base no que faziam. Ela conta que a família é bem competitiva. Além disso, diz que muito da sua identidade se fundou com base em ser a mais inteligente da sala, e não a mais bonita ou mais atlética.

Isso funcionou bem durante o ensino médio. Ela era tão inteligente que conseguiu entrar na Universidade de Harvard. Mas é aí que seu mundo começou a desmoronar. Ela já não era mais a maior inteligente da sala.

“Uma das coisas mais difíceis para um ateu são todos esses valores. Por que sou importante?”, ela imaginou. “Por que as pessoas deveriam se preocupar comigo? Muitas dessas coisas vêm de seu próprio desempenho”.

No ensino médio

Jordan decidiu ser ateia aos seus 11 anos de idade. No momento em que começou a chamar os cristãos na sala de aula para constrangê-los com perguntas “científicas” e “racionais” que eles não sabiam responder.

“Eu levava a Bíblia para a escola com post-its mostrando onde estavam todas as contradições”, lembra ela. “Quando eu dizia me diga por que isso é uma contradição, as pessoas realmente não sabiam”.

Ela adorava fazer os cristãos tropeçarem. Mas aos poucos ela foi se conscientizando de suas próprias contradições; os pontos da visão de mundo do ateísmo que não têm explicações fáceis. Essa comprovação foi irritante. Quais foram as respostas?

“De onde vem a moralidade senão de Deus? Por que algo está certo ou errado? Por que eu acredito em direitos humanos?”, ela diz. “Eu não acredito em um Deus. Então, de onde vêm essas coisas? Eu fui e perguntei a todas essas outras pessoas e ninguém teve uma boa resposta”.

Em Harvard

Então ela decidiu esperar pela faculdade. Certamente, no ambiente de tanto poder cerebral e saber coletivo, ela encontraria respostas que satisfizessem sua inquietação interna.

“Entrei em Harvard e não sou mais a pessoa mais inteligente na sala, 95% do tempo”, lembra Jordan.

Já que sua identidade estava tão envolvida em ser a melhor aluna da classe, agora sua autoestima entrou em crise. O que destruiu seu senso de identidade de valor e, então, a fez pensar em quem ela era de fato e o que lhe tornava valiosa.

Enquanto Jordan lutava com essas perguntas difíceis, ela se tornou amiga de um colega cristão. Ele a levou a pensar em perguntas ainda mais preocupantes.

“Comecei a ver: talvez haja essas rachaduras em minha própria estrutura intelectual”, percebeu Jordan.

Para que pudesse eliminar todas as dúvidas, ela se inscreveu em uma metaética, o estudo do pensamento moral e da linguagem. Ela realmente esperava fortalecer seus argumentos.

Em vez disso, ao ler um ensaio de C.S. Lewis, ela tropeçou ainda mais em sua linha de raciocínio. A verdade simples, mas profunda, ajudou-a a entender a definição e a origem do certo e do errado.

“Essencialmente, o que ele disse foi que Deus é bondade, e nossas vidas são boas quando nos esforçamos para imitar a Deus”, lembra ela. “Foi alucinante”.

Lendo a Bíblia

As bases do ateísmo estavam desmoronando. Como último recurso, Jordan voltou-se para a Bíblia.

Mas em vez de encontrar munição para soltar contra os cristãos, ela mesma levou um tiro no coração. O Sermão da Montanha expôs sua própria hipocrisia. Ela não estava dormindo por aí, mas percebeu que havia pecado em pensamento.

Como era uma boa aluna, para Jordan era fácil pensar que da mesma forma era uma boa pessoa. No entanto, foi só quando se voltou às palavras de Jesus que viu que não. Pois era uma pessoa irada. Não estava “dormindo” por aí, mas sentia luxúria. Que era arrogante e que pensava muito bem de si mesma.

“Ver essas coisas me fez perceber que eu não era realmente uma boa pessoa”, ela conta.

Ao ler os Evangelhos, ela chegou à seção de João sobre a morte de Jesus. Jordan ficou impressionada com os paralelos entre “O Leão, A Feiticeira e O Guarda-Roupa” e o Evangelho de João.

Assim como Edmund era arrogante e resistente ao amável Aslam, ela também tinha sido. Assim como Edmund foi redimido por Aslam, ela também precisava de redenção.

“Jesus é Aslam e ele está morrendo por minha causa”, ela reconheceu. “Perceber minha própria pecaminosidade naquele momento e minha própria necessidade de cura daquele pecado fez toda a diferença em como eu li isso. Então, comecei a chorar pensando em Aslam, pensando em Jesus por meio desse processo”.

A conversão

Mas Jordan permaneceu implacável. Pois se lançou ao exame de todas as religiões proeminentes. Ela despejou evidências científicas. Todas as evidências apontavam em uma direção, de volta a Jesus Cristo.

Jordan Manji (Foto: Reprodução/ God Reports)

“Uma das coisas que mais me ajudaram a eliminar meu orgulho foi ter que admitir que estive errada todos aqueles anos como ateísta”, diz ela.
Por fim, foi o amor de Deus que a trouxe a Cristo.

“Ao pensar no que realmente era o amor, pude ver como a morte de Jesus na cruz foi a personificação perfeita disso”, diz ela. “Deus é amor e Deus é verdade, então Deus é bondade”.

Em 12 de abril de 2009, Jordan entregou sua vida a Jesus. Ela se formou em Harvard em 2012, se casou e fez doutorado no Fuller Theological Seminary.

“Meu valor veio das coisas que eu fiz”, diz ela. Agora, “o motivo pelo qual sei que tenho valor é porque Cristo morreu por mim, que Ele me ama, independentemente do que eu faria. É imensamente libertador”.

 


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