Conecte-se conosco

Gospel

Augusto Cury esclarece como se desenvolve um psicopata

Publicado

em

Augusto Cury esclarece como se desenvolve um psicopata

Foto: Reprodução/ADVEC

Em seu canal no YouTube, o pastor Silas Malafaia publicou uma entrevista com o psiquiatra e escritor brasileiro Augusto Cury. Augusto respondeu perguntas sobre alguns temas de grande interesse para a sociedade. Um dos assuntos conversados foi a questão que envolve pessoas que se tornam psicopatas.

Augusto Cury começou respondendo o pastor Silas sobre o que era um psicopata, e ao mesmo tempo o porquê as pessoas costumam chamar certas pessoas de “psicopatas”.

Augusto disse que existem conceitos errados ditas sobre o tema, inclusive humanos e preconceituosos. Ele explicou que psicopata é aquele que não desenvolve sensibilidade, não sabe se colocar no lugar do outro, tem baixo nível de empatia, machuca, fere e não sente a dor dos outros. Para se gestar um psicopata, têm que ter fatores genéticos e muitas das vezes fatores psicossociais, a exemplo dos abusos, espaçamentos, exclusões, experiências que foram traumáticas e que se tornaram núcleos lidos, relidos e remoídos e se avolumaram na parte cerebral, se tornando plataforma na mente desta pessoa.

+“Sem Jesus, eu não seria quem sou” diz campeão mundial de boxe

+Atrizes mudam visual para a novela bíblica “Gênesis”

+Chris Pratt relata como conheceu Deus pela primeira vez

“Estas pessoas podem cometer crimes, assassinatos, elas podem pressionar, elevar o tom de voz constantemente, não irão de preocupar com a dor do outros, elas podem ter viés sexual onde há abusos sem nenhuma consideração pelas consequências aos comportamentos. Psicopatas que são abusadores esporádicos, agressores eventuais ou contínuos, eles causam um desastre nas relações interpessoais. Mas os psicopatas forjados na infância são diferentes dos psicopatas forjados socialmente, devido aos radicalismos religiosos e ideológicos e por ideologias exclusivistas.”, disse Augusto.

Ele pegou como exemplo a história de Adolf Hitler para justificar o pensamento acima.

“Ele teve uma mãe generosa que queria que ele fosse músico e o pai queria ele fosse um artista plástico. Não existem na história de Hitler traumas que justificasse ele se tornar um dos maiores psicopatas de todos os tempos, mas se tornou pelo viés da segunda grande guerra e se tornou porque ele foi rejeitado na escola de Viena quando foi fazer concurso público para se inscrever na escola de pintura, além disso, pelo partido nazista que era exclusivista e violento. Ele se tornou um psicopata funcional, ele não tinha base na formação da personalidade, mas na vida como adolescente e adulta desenvolveu a psicopatia.”, disse Augusto.

O escritor também falou as diferenças entre um psicopata e sociopata:

“Sociopata transgride as regras sociais, mas tem sensibilidade. Ele pode andar em altíssima velocidade, ele pode ser uma pessoa que nas relações entre pai e filhos, grita e desespera, mas tem sentimento de culpa que errou e falhou. Ele pode se tornar um filho que usa drogas, como por exemplo o crack, e não pensar nas consequências seja futura ou nas relações com seus pais, eles transgridem as regras, mas tem sensibilidade.”, disse Augusto explicando a diferença com o psicopata. “Os psicopatas às vezes tem afetos localizados, ele pode eventualmente até chorar, mas o arrependimento dele não é capaz de levar uma mudança de agenda, é uma pessoa tem experiências emocionais fugazes.”, disse ele.

Augusto disse ainda que uma pessoa portadora de uma psicose é um ser humano que rompeu os parâmetros da realidade, e pode ter ideia de perseguição, ou paranoia, mas não tem o pensamento voltado para o desenvolvimento de um raciocínio mais lógico.

Perguntado se há cura, ele disse que antigamente os psiquiatras acreditavam na cura dos psicopatas, mas é possível hoje me dia um psicopata se reorganizar, em contrapartida ele pode tentar um suicídio porque levou um ser humano ao caos, ou seja, uma pessoa que desenvolve empatia ou uma capacidade de pensar e reagir, e se desenvolver várias janelas ao longo de um processo terapêutico, até mesmo em presídios, aumentam as janelas traumáticas do sujeito, fazendo com que aquilo que está de pior se cristaliza.

“Se nós tivermos sucesso, de ajudar um ser humano a recobrar sua consciência crítica, sensibilidade, generosidade e compaixão o risco de cometer suicídio é grande, porque se realmente ele mudou ele vai sentir a dor dramática de quem ele feriu.”, finalizou Augusto Cury em entrevista realizado pelo pastor Silas Malafaia.

Destaques do Mês

Você não pode copiar o conteúdo desta página