Brasil
Jornal O Globo critica Igreja Universal por atos anti-dengue
RIO – Jornal O Globo critica Igreja Universal por atos anti-dengue. Matéria intitulada “Pastor oferece poção anti-dengue para fiéis tomarem durante cultos”, define a Universal novamente como “seita” que distribui “óleo santo”.
Leia abaixo a reportagem publicada em O Globo Online (inclusive a palavra “seita” é usada novamente para definir a Igreja Universal):
“Pastor oferece poção anti-dengue para fiéis tomarem durante cultos”
“Proteção divina contra a dengue”. A promessa, contida num copinho de plástico, era oferecida durante um culto da Igreja Universal do Reino de Deus na Catedral Mundial da Fé, em Del Castilho.
Das mãos do pastor Adalberto, os fiéis recebiam uma dose de óleo misturado a azeite. Como noticiou Ancelmo Gois em sua coluna no GLOBO, a instituição neopentecostal vem realizando atos contra a doença nas manhãs dominicais. O panfleto que convida os fiéis para o culto diz que eles receberão “um cálice com óleo santo, para que todos sejam livres desta epidemia”. No último domingo, repórteres do GLOBO testemunharam que o pastor recomendou que o azeite fosse tomado.
No fim, o pastor distribuiu ainda uma capa protetora para caixas de água de 500 litros e disse que haveria outros cultos às 15h e às 18h. Ao ser informado sobre a distribuição do “óleo santo” pela seita, o Ministério da Saúde afirmou em nota que recomenda que as pessoaos não se auto-mediquem e procurem atendimento médico. O órgão alertou ainda que a dengue é uma doença grave e pode matar. Por fim, reiterou que não existe vacina nem qualquer medicamento específico para a doença.
Enquanto isso, pesquisadores indianos comprovaram que o extrato da planta Solanum villosum tem ação repelente e é eficaz no combate às larvas do Aedes aegypti, como também noticiou Ancelmo Gois. Para o entomologista Anthony Érico Guimarães, da Fiocruz, trata-se apenas de mais uma arma de combate à epidemia, que não deve ser vista como “a salvação da pátria”.
Cerca de 200 técnicos da Fiocruz e voluntários se uniram nesta segunda-feira a moradores de 15 favelas da região de Manguinhos para combater focos de Aedes e coletaram amostras de larvas em 121 focos. Várias estavam em caixas de água destampadas ou mal vedadas. As larvas serão examinadas pelo Laboratório de Controle de Pragas e Vetores da Diretoria de Administração do Campus, em conjunto com pesquisadores. O mutirão foi uma iniciativa de líderes comunitários, que procuraram o instituto para obter apoio técnico.
Fonte: O Globo Online
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