Brasil
Cafetina diz que bispo Macedo pagou sua passagem de volta ao Brasil
A cafetina brasileira, Andréia Schwartz, retornou a São Paulo num vôo da American Air Lines – de classe executiva. Segundo ela, teve ajuda do “bispo Edir Macedo”, da Igreja Universal do Reino de Deus, dona da Rede Record.
Em retribuição, foi à emissora que ela concedeu sua primeira entrevista, por telefone. “Só alguns veículos estão me levando a sério, como a Record. O bispo Macedo pagou minha passagem na classe executiva para eu voltar dos EUA”, afirmou ela.
Ao ‘Estado’, o Departamento de Jornalismo da TV Record negou que tivesse pagado a passagem, mas admitiu que o correspondente da emissora viajou no mesmo vôo.
Ex-governador
Testemunha-chave no escândalo que derrubou o governador do Estado de Nova York, Andréia Schwartz disse ter intermediado encontros para Eliot Spitzer.
O ex-governador de Nova York Eliot Spitzer, que deixou o cargo depois que descobriram seu relacionamento com a prostituta Ashley Alexandra Dupre, de 22 anos, também recorreu aos “serviços profissionais” da brasileira Andréia Schwartz, 33 anos, que desembarcou no sábado no Brasil.
Andréia admitiu ter atendido o ex-governador, para quem intermediou encontro com “modelos”. Cópias dos e-mails trocados entre os dois, segundo ela, foram apreendidas pela polícia americana em seu apartamento. “Me levaram tudo, até fotos do início da minha carreira de modelo. Vim para o Brasil sem calcinha para trocar”, comentou.
A capixaba nega que explorasse a prostituição em Nova York, tal como foi condenada. Segundo explicou, apenas agenciava “modelos”. “Como estava envolvida com modelos e algumas pessoas do poder, eu fiz algumas festas, alguns jantares. Apresentei (as “modelos”) a pedido deles”, argumentou.
Entre os clientes famosos figuravam, segundo descreveu, “milionários, bilionários, assessor do governo, assessor do Giuliani” (ex-prefeito de Nova York Rudolph Giuliani). Ela negou existir lista com nome de clientes preferenciais. Segundo foi divulgado, o governador era o nono nesta listagem.
Andréia atribuiu a denúncia de envolvimento com a prostituição e porte de drogas como conseqüência do que classificou como sucesso pessoal no mercado. Ela admitiu que iria ganhar US$ 5 milhões por ter se associado a um grupo de italianos na compra de um andar de um hotel próximo do Central Park, mas disse que o flagrante de porte de drogas teria sido forjado. “A polícia plantou drogas na minha casa em 2006, quando fui presa. Nesse dia, tinha 12 pessoas na minha casa, que era muito bem freqüentada. A polícia pegou todo mundo, mas, como a casa era minha, só eu fui presa”, afirmou.
Ela negou ainda ter feito qualquer denúncia para negociar benefícios da Justiça. Disse que recusou propostas feitas por policiais e promotores, como a de ganhar uma nova identidade para que denunciasse pessoas envolvidas com o crime. Andréia não especificou, porém, que tipo de acordo fez. Apenas reclamou que a polícia americana não lhe deu o dinheiro prometido.
Fonte: Veja / O Povo
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