Jovens saem às ruas e oram por idosos que estão sofrendo na quarentena

Um grupo de jovens da Igreja Adventista do Sétimo Dia da cidade de Barra do Garças, a 520 quilômetros de Cuiabá saíram para as ruas a fim de levar conforto, fé e esperança através da música e da oração. Tomando todas as medidas para evitar a transmissão do novo coronavírus, os membros da igreja visitaram alguns moradores para cantar e orar, principalmente os idosos da região.

– Algumas horas antes, uma das nossas jovens recebeu uma mensagem de uma amiga falando de um senhor que gostaria de receber visita. Pegamos o contato, ligamos e marcamos para ir – Conta Elias Gonçalves, líder do Ministério Jovem na cidade.

 

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O senhor era Rômulo Alves Luz, de 60 anos. Desde o começo da pandemia do Covid-19, ele está em casa cumprindo o isolamento social. No último sábado (13), estava mais reflexivo. Ronilda, sua filha, conta que se preocupou, pois ele não quis nem ao menos se alimentar. No fim da tarde ele foi surpreendido pelo grupo de jovens adventistas.

Enquanto os jovens cantavam e liam a Bíblia, Rômulo chorava muito. Ele revelou que não quis se alimentar pois decidiu jejuar e orar, e pediu a Deus para que alguém da igreja a qual ele e seus filhos já haviam pertencido fosse visitá-lo naquele dia.

– Depois que fomos embora, o pastor João Gusmão continuou conversando com ele, que demonstrou o desejo de ser batizado novamente. Ficamos muito gratos de ver como Deus dirige tudo e nos levou a visitar o Rômulo no sábado – Declara Gonçalves.

Suporte emocional

O grupo do Ministério Jovem visitaram ainda naquele dia mais sete famílias e planejam continuar levando a palavra Deus através dessas ações.

– Nós usamos máscara, não entramos nas casas, fazemos visitas breves e procuramos ficar distantes, principalmente dos idosos – Explica o líder do grupo.

A psicóloga Emilly Dayane Campos Costa disse que essas iniciativas contribuem para minimizar os impactos que o isolamento social causa, especialmente nas pessoas mais velhas.

– Ainda que o sentimento de solidão seja comum nesta fase da vida, a atual conjuntura social, que impõe medidas de isolamento, intensifica o afastamento da família e dos amigos e limita a realização de atividades rotineiras, contribuindo significativamente para um desequilíbrio emocional – Pontua.

– Ações como a desses jovens podem estimular a produção de pensamentos positivos, atenuar a carência afetiva. Além disso, podem aumentar a autoestima e resgatar o senso de valor e pertencimento, tão essenciais para a qualidade de vida e bem estar dos idosos – Disse Emilly reforçando que se um idoso relatar dificuldade constante de comer e dormir, dor física e problemas de memória, é necessário procurar ou recomendar a ajuda de um profissional.

 

*noticias adventistas

 

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