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Silas Malafaia acusa MPF de perseguição religiosa, após aceitar denúncia contra Ana Paula Valadão

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Pastor Silas Malafaia e Ana Paula Valadão – Foto: Montagem/Gospel Minas

O pastor Silas Malafaia, da Igreja Assembleia de Deus Vitória em Cristo (ADVEC), resolveu se pronunciar sobre o inquérito aberto pelo MPF para a investigar fala da cantora gospel Ana Paula Valadão sobre homossexuais e Aids. O líder religioso saiu em defesa da cantora e falou em perseguição religiosa.

Silas, em um vídeo de pouco mais de quatro minutos, publicado  por ele, criticou integrantes do Ministério Público Federal, responsável por aceitar uma denúncia de homofobia contra a cantora por declarações feitas no Congresso Diante do Trono de 2016. Naquela ocasião, Ana disse que relações homoafetivas não eram “normais”. Ele disse que o MPF “está a serviço do ativismo gay” no Brasil.

“O artigo 5ª da constituição, inciso 4, 6 e 8, fala que é livre a manifestação do pensamento. Ninguém pode ser cerceado na manifestação de suas convicções políticas filosóficas e religiosas. O lugar em culto é inviolável, isso está na Constituição brasileira, isso é uma vergonha. Ana Paula deu uma palavra, segundo as suas convicções, dentro da igreja! Olha o absurdo, querem controlar o estado laico e querem controlar a nossa fala dentro da igreja! Absurdo!”, protestou Silas.

Perseguição Religiosa

O pastor continuou dizendo que o órgão errou ao aceitar a denúncia contra a líder da Banda Diante do Trono por uma fala em um espaço religioso, e defendeu a liberdade de expressão, principalmente dentro das igrejas evangélicas.

“Ministério Público denuncia uma pessoa por suas falas dentro de uma igreja e por suas convicções. No estado democrático de direito, o fundamento é a liberdade de expressão, o direito de você manifestar sua opinião por mais que estude”, disse ele.

O pastor lembrou que em 2015, em uma parada gay, ativistas usaram símbolos e objetos cristãos para zombar da fé de milhões de pessoas, e que não houve nenhum empenho do Ministério Público em denunciar os envolvidos até o momento. Segundo Silas, o MPF não denuncia nenhum ativista gay.

“Estão promovendo uma verdadeira perseguição religiosa! Fica aqui o meu protesto, a minha indignação! A minoria não pode calar a maioria! Como é que falam em estado laico e quer determinar o que a gente vai falar no culto?”, esbravejou Silas.

“É uma vergonha, é uma afronta ao estado democrático de direito. Fica aqui o meu protesto e a minha indignação. Deus tenha misericórdia do Brasil e dê juízo a essas autoridades, e que a justiça seja feita. Deus abençoe a todos.”, terminou ele.

Denúncia

A cantora Ana Paula Valadão foi processada por crime de LGBTfobia por dizer também que homossexualidade é pecado e relacionar a prática à Aids, durante um culto de 2016 exibido pela TV Rede Super. “Isso não é normal. Deus criou o homem e a mulher. E é assim que nós cremos. Qualquer outra opção sexual é uma escolha do livre arbítrio do ser humano. E qualquer escolha leva a consequências”, disse Ana Paula sobre a homossexualidade.

“A Bíblia chama de qualquer opção contrária ao que Deus determinou, de pecado. E o pecado tem uma consequência que é a morte. Está aí a Aids para mostrar que a união sexual entre dois homens causa uma enfermidade que leva à morte e contamina as mulheres, enfim…”, disse a cantora na época.

O ativista LGBTI+ Agripino Magalhães pediu que o MP de Belo Horizonte, em Minas, abrisse um inquérito para apurar crime de homofobia nas declarações, pedido feito em setembro deste ano. Em novembro, o procurador Helder Magno da Silva determinou a abertura de inquérito contra a cantora.

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